Detalhes
Omega 3 1000mg (120 caps) - Atlhetica tem tipos de gorduras polinsaturadas fonde de ácidos graxos não essenciais não produzido pelo corpo.
Por
Gabriela Magnani
Nutricionista Esportiva Funcional – CRN 13 985
Consultora Científica Atlhetica Innovation
O ômega 3 vem se tornando um suplemento presente na vida de muitos atletas e praticantes de atividade física com intuito de melhorar a performance e saúde.
Os ácidos graxos poli-insaturados do tipo ômega-3 podem ser representados pelas formas n-3 ou w-3, e são assim denominados por possuírem sua primeira dupla ligação no carbono 3, a partir do radical metil do ácido graxo. São ácidos graxos poli-insaturados de cadeia longa e considerados essenciais, pois não são sintetizados pelo organismo e estão presentes nas mais diversas formas de vida.
Já é conhecido que sua utilização está associada principalmente na melhora de doenças cardiovasculares e também melhora das funções cerebrais (memória, concentração e desempenho). Isso porque uma parte significativa do cérebro, dos nervos e da retina dos olhos, é composta de cadeias longas poli-insaturadas de ômega-3.
Alguns estudos apontam que o ômega 3 ativa uma proteína celular chamada PPR-gama, o que melhora a atuação da insulina nas células, facilitando sua tarefa de converter açúcar em energia. Essa proteína também estimula enzimas responsáveis pela degradação de triglicérides e de colesterol ruim, o LDL. Também foi constatado, que ele atua na regulação dos níveis de leptina, aumentando assim a sensação de saciedade.
Mas o que chama muita atenção também é sua grande utilização no campo esportivo. Isso se deve ao fato de que o ômega 3 tem grande influência no funcionamento de vários órgãos e sistemas, especialmente na modulação inflamatória, uma vez que os mesmos, aos serem metabolizados, se convertem em eicosanoides, prostaglandinas, leucotrienos, tromboxanos e lipoxinas, todos envolvidos na cascata do processo inflamatório.
Alguns estudos com experimentos em seres humanos, e também com animais, comprovam que a prática de exercícios físicos provoca influencias na população de linfócitos, bem como na atividade inflamatória.
Diferentes tipos de atividade física interferem de modo distinto no sistema imune dos praticantes. As atividades de leve a moderada intensidade interferem de forma positiva nas funções imunitária natural e de defesa do organismo. Já as atividades físicas intensas e exaustivas, interferem negativamente no sistema imune, atrapalhando a primeira etapa de defesa do corpo contra agentes infecciosos, levando inclusive à exposição mais frequente a determinadas doenças.
Alguns pesquisadores observaram que elevadas cargas de treinamento com duração prolongada associada a períodos de recuperação inadequados pode ocasionar leões musculares e, frequentemente, quadros de estresse agudos e/ou crônicos. Nessas situações, ocorre a supressão do sistema imunológico, podendo propiciar o surgimento de infecções oportunistas, como é o caso de infecções do trato respiratório. Em regras gerais, o surgimento da inflamação faz parte de uma resposta natural da célula a uma infecção ou agressão. Então, a pratica de exercícios físicos pode ser considerada como uma agressão às fibras musculares, que por sua vez, possuem sinalizadores que reagem induzindo uma recuperação. A maioria destes processos é limitada no tempo e resolve-se por si mesmo. Porém, quando se torna repetitiva e intensa, sem o devido controle ou de forma inadequada, pode ocasionar alterações importantes no caráter inflamatório, estimulando reações autoimunes que podem culminar em várias doenças.
O processo inflamatório no músculo lesionado pode ser atenuado pelos efeitos positivos da suplementação de ômega 3 em atletas e/ou praticantes de atividade física descrito em alguns estudos, que relataram uma diminuição na síntese de mediadores químicos potentes da inflamação, proporcionando, assim, um menor tempo de recuperação e uma melhor resposta aos exercícios de alta intensidade. Isso se deve pelo fato de que o ômega 3 participa diretamente dos processos regulatórios da inflamação, por ser precursor dos eicosanoides que, por sua vez, ativam toda a cadeia da função imune e inflamatória. Justificando, assim, a sua suplementação em praticantes de atividade física e em atletas de auto rendimento (PERINI et al., 2010).
Mas a orientação de um profissional qualificado é necessária para que haja a avaliação da necessidade de suplementação e da quantidade necessária.